terça-feira, 29 de julho de 2008

Kléber reclama de perseguição da arbitragem e da imprensa


Para a torcida do Palmeiras, Kléber é um dos jogadores mais raçudos a vestir a camisa do clube nos últimos anos. Um ídolo. Para jogadores e torcedores adversários, porém, o atacante confunde raça com deslealdade. É tachado de violento dentro de campo e nos debates na tevê e no rádio. E vem colecionando um cartão atrás do outro - são três vermelhos e cinco amarelos em 11 jogos, recorde absoluto no Brasileirão.

A última expulsão foi contra o Goiás, no domingo retrasado. O zagueiro Rafael Marques o acusou de agressão, que foi registrada na súmula pelo árbitro Alicio Pena Júnior. "Não agredi ninguém! Ele simulou, caiu, aí o assistente levantou a bandeira e o juiz foi na dele", diz Kléber. "O problema é a fama que eu peguei." O atacante reclama de perseguição e culpa também a imprensa. "Se o juiz lê que sou violento, já me olha de outra forma no jogo seguinte."

Carlos Eugênio Simon, árbitro de duas Copas do Mundo, diz que a acusação de Kléber é "absurda". O próprio Simon chegou a dar um amarelo para ele no jogo do Palmeiras contra o Vasco - e o atacante também reclamou de perseguição. "Árbitro nenhum persegue jogador. Quem é o Kléber pra falar isso?"

Temeroso por uma suspensão severa pela expulsão contra o Goiás (o julgamento ainda não foi marcado), Kléber tem dito que precisa se controlar. Argumenta que passou quatro anos na Ucrânia, "onde os árbitros não costumam dar qualquer faltinha", e ainda não conseguiu se readaptar ao futebol brasileiro, apesar de já estar há seis meses no Palmeiras.

"O árbitro da partida contra o Fluminense (Leandro Vuaden) foi elogiado justamente por deixar o jogo correr. Esse deveria ser o critério da arbitragem. Se o jogo fica truncado, o jogador se irrita."

A diretoria e o técnico Vanderlei Luxemburgo têm se colocado ao lado de Kléber. O atacante recebeu uma multa pela expulsão contra o Goiás, mas ninguém foi a público para condená-lo. Pelo contrário: o treinador chegou a defendê-lo, por concordar que exista um exagero nas punições ao jogador. "O Kléber está sendo penalizado porque tem um estilo de jogo diferente. Ele é muito forte e é duro nas disputas de bola. Mas isso não quer dizer que seja violento", defendeu o treinador.

Kléber acha que o exemplo de perseguição vem do próprio Palmeiras. "Está acontecendo comigo a mesma coisa que aconteceu com o Valdivia ano passado", compara Kléber, sem lembrar que o chileno continua levando muitos cartões amarelos por simular faltas, na visão dos árbitros, e reclamar. "Mas é meu estilo de jogo, não posso mudar. Entro sempre pra ganhar. Não sou do tipo que tira o pé de dividida."

Força Nacional para eleição ainda não é necessária, diz TRE-RJ

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, desembargador Roberto Wider, disse nesta segunda-feira, 28, que ainda não há necessidade de solicitar o envio de tropas federais para garantir o pleito no Estado porque pode estar havendo uma certa "politização" da questão da segurança na campanha. Ele confirmou que o órgão já recebeu mais de 20 denúncias anônimas de que há pelo menos sete áreas da capital, dominadas por traficantes ou milicianos, em que candidatos estariam tendo dificuldade de entrar para fazer campanha e eleitores estariam sendo constrangidos , mas declarou que "a questão do tráfico e das milícias não é nova". Nesta terça-feira, ele se reúne com a cúpula da Secretaria de Segurança do Rio para tratar do assunto.

Além das denúncias recebidas pelo TRE-RJ, a polêmica sobre a falta da segurança nas eleições fluminenses ficou latente no último sábado, quando fotógrafos de três veículos da imprensa do Rio foram obrigados por traficantes armados da Vila Cruzeiro (Penha, zona norte) a apagar as imagens registradas durante campanha do senador Marcelo Crivella (PRB), em que ele aparecia cumprimentando supostos traficantes. As fotos foram recuperadas por um software especial e publicadas. Dois dias antes, a polícia encontrou na Rocinha (São Conrado, zona sul) uma espécie de ata de uma suposta reunião na favela, que teria sido redigida por traficantes, em que se determinava "todo empenho para o candidato da Rocinha".

Desde 6 de julho, quando a campanha para prefeito e vereador começou oficialmente, o TRE-RJ já recebeu mais de 20 denúncias . Rocinha , complexo de favelas da Penha (em especial Vila Cruzeiro) e morro do Vidigal são as áreas dominadas pelo tráfico citadas nesses informes. As áreas controladas por milicianos , todas na zona oeste, são favelas de Santa Cruz, Jacarepaguá, Rio das Pedras (uma favela em Jacarepaguá) e Carobinha. Esta última seria controlada pela "Liga da Justiça", milícia que, segundo a polícia, é comandada pelo vereador Jerônimo Guimarães (PMDB) e seu irmão, o deputado estadual Natalino Guimarães (DEM).

Ambos estão presos. A quadrilha é acusada pela Polícia Civil de 98 assassinatos. "A questão da milícia, a questão do tráfico no Rio de Janeiro, não é de hoje, não é nova. Só que estamos verificando, e agora ficou mais latente, que eles estão entrando na atividade pública também e buscando criar representantes dessa atividade fora da lei e trazendo para dentro do governo de maneira geral", disse Wider.

A reunião de hoje, segundo o desembargador, fornecerá elementos para que ele decida se há necessidade de pedir apoio federal. Amanhã, ele se encontra com o ministro Carlos Ayres Brito, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). " O tribunal não oferece segurança a candidato nenhum, não é essa a nossa função constitucional. Nossa função é oferecer segurança jurídica. Teremos eleições tranqüilas, seguras. Se for necessário, vamos buscar todos os apoio. Já tivemos o apoio do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) para que nós aqui resolvamos nossos problemas, em primeiro lugar ", disse. Para ele, a ameaça aos jornalistas é "inadmissível".

TRE do Rio avalia uso de tropas federais para garantir eleição


O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, desembargador Roberto Wider, afirmou ontem que ainda não há necessidade de solicitar o envio de tropas federais para garantir o pleito no Estado. Na avaliação de Wider, pode estar havendo uma certa "politização" da questão da segurança na campanha fluminense.

Ele confirmou que o tribunal já recebeu mais de 20 denúncias anônimas de que em pelo menos sete áreas da capital, dominadas por traficantes ou milicianos, candidatos estariam tendo dificuldade de entrar para fazer campanha e eleitores estariam sendo constrangidos. Observou, contudo, que "a questão do tráfico e das milícias não é nova".

Wider se reúne hoje com a cúpula da Secretaria de Segurança do Rio para tratar do assunto.

Além das denúncias recebidas pelo TRE do Rio, a polêmica sobre a falta da segurança nas eleições fluminenses cresceu no sábado, quando fotógrafos dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia foram obrigados por traficantes armados da Vila Cruzeiro (zona norte) a apagar as imagens registradas durante campanha do senador Marcelo Crivella (PRB), em que ele aparecia cumprimentando supostos traficantes. As fotos foram recuperadas por um software especial e publicadas pelos jornais. Dois dias antes, a polícia encontrou na Rocinha (zona sul) uma espécie de ata de reunião na favela, que teria sido redigida por traficantes, em que se determinava "todo empenho para o candidato da Rocinha".

?LIGA DA JUSTIÇA?

Desde 6 de julho, quando a campanha para prefeito e vereador começou oficialmente, o TRE fluminense vem recebendo denúncias. Rocinha, complexo de favelas da Penha (em especial Vila Cruzeiro) e morro do Vidigal são as áreas dominadas pelo tráfico citadas nesses informes. Controladas por milicianos, todas na zona oeste da capital, são as favelas de Santa Cruz, Jacarepaguá, Rio das Pedras (uma favela em Jacarepaguá) e Carobinha. Esta última seria controlada pela "Liga da Justiça", milícia que, segundo a polícia, é comandada pelo vereador Jerônimo Guimarães (PMDB) e seu irmão, o deputado estadual Natalino Guimarães (DEM). Ambos estão presos. Essa milícia é acusada pela Polícia Civil de 98 assassinatos.

"A questão da milícia, a questão do tráfico no Rio de Janeiro, não é de hoje, não é nova. Só que estamos verificando que eles estão entrando na atividade pública também e buscando criar representantes dessa atividade fora da lei e trazendo para dentro do governo de maneira geral", disse o presidente do TRE fluminense.

SUPREMO

A reunião de hoje, segundo o desembargador, fornecerá elementos para que ele decida se há necessidade de pedir apoio federal. Amanhã, ele se encontrará com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Brito. " O tribunal não oferece segurança a candidato nenhum, não é essa nossa função constitucional. Nossa função é oferecer segurança jurídica. Teremos eleições tranqüilas, seguras. Se for necessário, vamos buscar todos os apoios. Já tivemos o apoio do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) para que nós aqui resolvamos nossos problemas, em primeiro lugar ", disse. Para ele, "a ameaça aos jornalistas é inadmissível".

Explota un artefacto en la playa de Torremolinos sin causar ningún herido

Un explosivo de escasa potencia estalló sin previo aviso hacia las 00.20 horas del martes en el paseo marítimo de la Carihuela de la localidad malagueña, situada en plena Costa del Sol.

Varias unidades de los TEDAX y de la Policía Nacional se desplazaron hasta la zona para evaluar los daños causados e investigando lo ocurrido, tratando de encontrar restos de explosivos para identificar su procedencia.

La deflagración, que se ha sentido en el Paseo Marítimo de la Carihuela, entre los hoteles Aloha Puerto y Timorsol. Sin embargo, los hoteles no fueron desalojados.

Los daños materiales producidos tras la explosión son "inexistentes", según ha asegurado el alcalde del municipio, Pedro Fernández Montes, quien añadió que la situación se encuentra "normalizada" desde primera hora.

Fernández Montes señaló que "el artefacto estaba en un arroyo entre Torremolinos y Benalmádena, con una cierta profundidad, siendo imposible que hiciera daño a terceros". De hecho, dijo, en un chiringuito que se encontraba a unos 10 metros "no se ha roto ni un cristal", ya que "el artefacto era de una potencia mínima".

No hubo previo aviso de la colocación del artefacto, que era de escasa potencia y que provocó un agujero de aproximadamente un metro de diámetro y 40 centímetros de profundidad.

Sobresalto para los turistas
La explosión de un artefacto de escasa potencia en una playa de Torremolinos ha sobresaltado a los turistas alojados en varios hoteles de la zona, que sintieron como "temblaban" sus habitaciones y posteriormente vieron "mucho humo" procedente del paseo marítimo.

Según ha explicado el recepcionista del hotel Timorsol, ubicado en la cercana avenida de Salvador Allende, pasada la medianoche notó una fuerte explosión que en principio achacó a un petardo procedente de alguna moraga de la playa, hasta que pocos minutos después vio llegar a la Policía para acordonar la zona y vehículos de bomberos y ambulancias.

"Muchos clientes del hotel, sobre todo nacionales, nos han llamado asustados, casi llorando, pensando que había sido algo más grave", ha explicado el recepcionista, a quien varias personas procedentes de la playa le han contado que había mucho humo en la zona y no sabían qué había pasado.

Tras la explosión del artefacto, la Policía cortó el acceso momentáneamente al Hotel Aloha Puerto -el más cercano al lugar de los hechos- y preguntó a los responsables de dicho establecimiento y a los del hotel Timorsol si habían visto algo sospechoso, ha añadido la fuente.

Las maltratadas que maten a sus parejas sólo serán acusadas de homicidio


Las personas que maten a su pareja tras sufrir años de violencia doméstica podrán evitar una condena por asesinato y ser acusadas sólo de homicidio de acuerdo con una nueva propuesta legal del Gobierno laborista británico.

La propuesta supone una nueva línea de defensa para las mujeres víctimas de ese tipo de violencia "de palabra y obra", que no tendrán que demostrar que actuaron de modo espontáneo al dar muerte a sus "torturadores" aunque sólo se permitirá ese recurso en casos excepcionales.

Las reformas propuestas al Parlamento pondrán fin al mismo tiempo a una secular tradición de la utilización de la provocación como defensa, que permitía a muchos hombres escapar a una condena por asesinato ya que podrán ser convictos ahora de homicidio.

"No puede haber ninguna excusa para la violencia doméstica, y mucho menos para matar a nadie. Lo que pueda ocurrir en una relación (entre personas) no justifica recurrir a la violencia", según la ministra británica para la Mujer, Harriet Harman.

"Queremos poner fin a una cultura de excusas que permite a un hombre que ha dado muerte a su mujer decir que no es culpa suya porque tenía una relación (extramatrimonial) o porque le había provocado", afirma Harman en varios medios británicos.

Las propuestas, en cuya elaboración el Gobierno ha venido trabajando más de cuatro años, crean una nueva defensa parcial consistente en el "temor a violencia grave".

Según por portavoz del ministerio de Justicia, la reforma legal dejará bien claro que quien descubra que su pareja tiene una relación extraconyugal no podrá utilizar ese hecho como defensa para justificar un crimen.

"Hay muchas situaciones en las que las pasiones se desbordan y las personas se sienten profundamente ofendidas, sobre todo si se trata de relaciones muy estrechas. Pero por devastadoras que puedan ser esas situaciones para los interesados, es preciso que éstos sepan resolverlas sin recurrir a la violencia", ha señalado el portavoz.

La llamada "defensa por provocación", que la nueva propuesta legal pretende abolir, permitía a un hombre argumentar que había sido provocado para justificar el hecho de haber dado muerte a su compañera: el llamado "crimen pasional", producto de los celos.

Por el contrario, una mujer víctima durante años de la violencia de su compañero y al que hubiera terminado por dar muerte no podía utilizar la misma línea de defensa.

Según la abogada Harriet Wistrich, fundadora de Justicia para las Mujeres, las reformas legales permitirán a aquellas que hayan sufrido años de abusos a manos de sus parejas utilizar una defensa moderna que les permitirá evitar la prisión perpetua por asesinato.