Aproximadamente 1,8 bilhão de downloads são baixados ilegalmente no Brasil ao ano, afirma relatório da Federação Internacional de Produtores Fonográficos (IFPI). O Relatório de Música Digital 2008, divulgado nesta sexta-feira, 25, indica que cerca de 60% dos arquivos baixados ilegalmente no Brasil são feitos por consumidores pertencentes a classes econômicas favorecidas. Segundo o relatório, o mercado fonográfico nacional sofreu perdas de até 50% no primeiro semestre.
A entidade anunciou no trabalho que o segmento de música digital cresceu 40% em 2007, mas denunciou que, para cada download legal, 20 músicas foram adquiridas de forma ilícita.
O relatório indica que a China é o país do mundo com maior percentual de usuários - cerca de 99% - que fazem downloads ilegais, enquanto na Europa a Espanha lidera a lista, com 35%.
Em 2007, a venda de música pela Internet e por meio de celulares alcançou US$ 2,9 bilhões, o que supõe 15% da indústria fonográfica, que em 2006 era de 11%.
No ano passado, foram feitos 1,7 bilhão de downloads de forma legal, 53% a mais que no ano anterior. Frente a esse número, porém, outros bilhões de arquivos ilegais foram baixados.
A IFPI assinala que, no continente europeu, a Espanha e a Holanda são, nesta ordem, os países onde mais são feitos downloads ilegais, com 35% e 28%, respectivamente, de usuários da rede que fazem isso regularmente.
Na América Latina, a pirataria se expandiu rapidamente. Calcula-se que no México 2,6 bilhões de downloads ilegais sejam feitos anualmente. No país, 64% dos downloads também são feitos por consumidores de classes econômicas favorecidas. O mercado fonográfico mexicano sofreu perdas de 25% no ano passado.
A nação com o maior percentual de músicas baixadas ilicitamente é a China, chegando a 99%, em relação a um mercado legal de apenas 50 milhões de euros - 1% do global.
A venda de música digital é o segundo segmento que mais cresce em comercialização - 15% da totalidade do negócio, e 30% nos Estados Unidos -, enquanto jornais e cinema representam apenas 7% e 3%, respectivamente.
A IFPI assegurou, em comunicado, que o crescimento do mercado de música digital não compensa a queda das vendas de CDs, e pediu aos Governos e à União Européia (UE) que solicitem urgentemente aos provedores de internet um papel mais ativo na proteção da música digital.
A Federação pretende que os provedores de serviços digitais controlem a música sem licença, afastando os clientes que reincidam nos downloads ilegais, e usando filtros para detectar os sites que os permitam.
O órgão elogiou o plano de luta contra a pirataria adotado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e os impulsos dados no Reino Unido, na Suécia e na Bélgica.
Segundo a Federação, atualmente há mais de 500 provedores legais de música na Internet, que oferecem cerca de seis milhões de canções, um número quatro vezes maior do que a música comercializada nas lojas físicas.
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