quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto morre em atentado suicida no Paquistão


ISLAMABAD - A ex-primeira-ministra e líder oposicionista paquistanesa Benazir Bhutto morreu nesta quinta-feira, 27, durante um atentado suicida após um comício na cidade de Rawalpindi. Assassinada com dois tiros - no pescoço e no peito-, ela retornou ao país no mês de outubro e figurava entre os principais candidatos nas eleições parlamentares de 8 de janeiro.

A explosão ocorreu no portão de saída do parque onde o comício se desenrolava, no momento em que as pessoas estavam indo embora. Segundo a Reuters, a polícia informou que cerca de 15 pessoas morreram depois de uma explosão enquanto a Associated Press confirma que 20 foram mortos. Segundo o policial Abdul Karim, a ex-premiê tinha acabado de deixar o local no momento do atentado, minutos após discursar para a população.

"Quando líderes partidários, incluindo Bhutto, começaram a sair, um homem tentou se aproximar deles e então disparou alguns tiros e explodiu", contou um policial na área. Segundo Wasif Ali Khan, membro do partido de Benazir, ela morreu às 6h16, horário local, no Hospital Geral de Rawalpindi.

Este foi o segundo atentado contra Benazir. Quase 150 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas em Karachi na chegada da ex-premiê no país, em outubro, após oito anos de exílio. Duas bombas explodiram perto do caminhão que transportava a ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto.

Mais cedo, um tiroteio deixou quatro oposicionistas mortos e três feridos durante uma manifestação feita nas proximidades por partidários de outro líder da oposição, o também ex-premiê Nawaz Sharif. O Paquistão terá eleições parlamentares em 8 de janeiro.

Benazir , que governou o país de 1988 a 1990 e de 1993 a 1996, foi considerada como um símbolo de modernidade e democracia do país ao ser eleita premiê. A candidata viveu oito anos em exílio por causa das acusações de corrupção e enriquecimento ilícito e retornou ao país após meses de negociação com Musharraf. Cotada para voltar a ser primeira-ministra, Bhutto tinha o apoio da maioria de mais de 50% dos eleitores paquistaneses.

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