Portugal tem actualmente 21320 polícias no activo, "o maior número da década", declarou o primeiro-ministro no debate mensal no Parlamento, mas sem responder ao CDS-PP sobre quantos elementos terão PSP e GNR no final da década. Paulo Portas optou por centrar a sua intervenção nas questões da segurança, apesar do debate ser sobre Educação.
"Cometeu um erro quando disse que não haveria entradas na PSP e GNR em 2008 e 2009", acusou Paulo Portas, questionando José Sócrates sobre qual a sua estimativa de saídas e entradas nestas forças e qual o saldo final em 2010. Na resposta, o primeiro-ministro preferiu comparar o número de efectivos policiais no tempo em que Paulo Portas estava no Governo, como ministro da Defesa, com os números actuais.
"Em 2002, havia 20.234 polícias, no final do mandato do seu Governo, 20.553. Neste momento, existem 21.320 polícias no activo, é o maior número da década, desde 2001", garantiu o primeiro-ministro.
Numa troca de sucessivas perguntas e respostas, o líder do CDS insistiu que o primeiro-ministro dissesse quantos agentes da PSP e da GNR irão entrar e sair até 2010, mas José Sócrates nunca respondeu directamente, e acusou a oposição de aproveitamento de alguns crimes recentes, nomeadamente do assassinato de um segurança no Porto, segunda-feira.
"O PSD foi capaz de dizer que a culpa afinal é do Governo, pedindo-me que pedisse desculpa. Há limites que os dirigentes políticos respeitáveis não podem passar: atribuir ao Governo a responsabilidade por crimes", disse.
Foi Paulo Portas que acabou por responder à sua própria pergunta, dizendo que a PSP terá em 2010 um défice de 200 agentes e a GNR um défice de 2.718 agentes. "Ou seja, com mais crime, mais organizado, mais violento".
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