quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Campanha contra a sinistralidade nas estradas integra pela primeira vez PSP, GNR, ANSR e INEM

Em vésperas de Natal e Ano Novo, o ministro da administração interna, Rui Pereira, anunciou que a campanha contra a sinistralidade nas estardas na época de festas vai integrar, pela primeira vez, as estruturas da GNR, da PSP, da Autoridade Nacional de Protecção Civil e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

À GNR compete a gestão de tráfego na estrutura rodoviária principal, contando com 2.100 militares e 750 efectivos. A PSP, por seu turno, vai dispor de um dispositivo flexível de 3.320 elementos de patrulha, 21 postos de atendimento e 1.280 viaturas.

Segundo Rui Pereira, "trata-se da maior operação algum dia realizada em Portugal durante esta quadra festiva", no período até 7 de Janeiro de 2008, anunciou na apresentação do dispositivo "Operação Especial de Prevenção e Fiscalização Rodoviárias 2007".

Mas porque as metas do Governo não se resumem apenas a épocas festivas, o objectivo é o de atingir, até 2009, "uma sinistralidade que não ultrapasse 50 por cento da verificada no início da década", disse o ministro.

O Governo vai lançar em 2008 um concurso para a instalação de 100 radares destinados a reduzir a velocidade na rede principal de estradas. "Em 2008 vamos - e isso é um desafio da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) - desenvolver um plano para combater o excesso de velocidade e para esse combate, efectivamente, a colocação de radares é importante", afirmou Rui Pereira.

Quanto ao número de mortos nas estradas, o ministro manifestou-se optimista quanto ao futuro: "Para quem for excessivamente pessimista, eu gostaria de dizer com muita convicção: a mentalidade dos portugueses está a mudar, têm uma mentalidade cívica, mais colectiva, e prezam mais a condução defensiva, evitando comportamentos de risco. Isso aconteceu e levou a menos de 1.000 mortos em 2006", disse.

Relativamente a 2007, "embora haja mais alguns mortos - o aumento não é significativo -, há uma tendência para a estabilização e o que é preciso, mais do que fazer contas, é fazer um apelo para que as pessoas continuem nesse caminho", considerou o governante.

Entre 1 de Janeiro e domingo passado morreram nas estradas do Continente 802 pessoas, mais 37 que em igual período do ano passado, segundo dados ontem divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Segundo Rui Pereira, cabe agora à ANSR promover a elaboração da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária até 2015, promover a reforma do processo contra-ordenacional rodoviário e lançar uma rede nacional de controlo rodoviário.

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